sábado, 23 de abril de 2011

Certezas (???)


Eu não estou mentindo. Há muito tempo estou tentando me sentar na frente do computador para escrever aqui. Abril já entrando em sua reta final, meu último post em dezembro, eu querendo falar sobre tanta coisa... Isso me deprime um pouco – mas também não precisamos exagerar. Muita coisa tem acontecido e isso com certeza justifica o “retiro”. Escrever aqui é bom, mas se virar obrigação fica, no mínimo, estranho. Então, vou tentar deixar fluir mais. E talvez seja este um bom momento.
E neste momento uma vontade enorme de repensar me preenche. E isso não acontece sem um tanto de estranhamento. E quando a gente começa a se estranhar, tudo fica mais complexo. De repente, não se vê sentido em algumas coisas e passa-se a se questionar sobre decisões, posturas, atitudes... Acho que isso aconteceu agora com uma intensidade maior do que antes, tangenciando algumas coisas que estavam de certa forma postas em minha vida, resvalando em situações e contribuindo para modificá-las, defini-las. Repensar é bom, mas sempre dói. Dói porque mudanças doem, mexem com algo bem dentro de nós. Certeza absoluta de tudo nunca foi o meu forte, mas há momentos em que se tem uma consciência mais forte de como as coisas têm de ser. E acho que as decisões nascem bem nesses momentos. Elas podem ser boas, ruins, neutras... Impossível prever o resultado de uma decisão, mas são elas que determinam certos rumos que, de repente, redefinem nossa vida.
Eu tenho muita saudade de um tempo em que não me consumia com certos pensamentos. Mas esse tempo foi há muito tempo. Talvez tenha acabado quando me vi adolescente, já definindo coisas em mim, decidindo o que faria de mim mesmo. Sinto falta da falta de responsabilidades e obrigações (principalmente para com os outros). Mas lamentar isso é inútil. Só serve para me fazer me consumir ainda mais com pensamentos inúteis.
Úteis ou inúteis eles estão presentes. E me consomem. Os pensamentos... Os repensamentos... Tudo assim um tanto desconexo, mas que me faz, ainda assim, ter certas certezas. Eu estava morrendo de saudade de me permitir repensar. Sem culpa.