sexta-feira, 30 de maio de 2008

Poema da face oculta


Poucos dos que me conhecem
Conhecem minha face por completo
Revelo-me aos poucos
A poucos
E só.

Talvez essa minha face oculta
Resulte de minha eterna desconfiança
Do outro
De mim
De todos.

Afinal qual a graça
De sermos lidos com tamanha facilidade?
No mistério de minha farsa é que reside
A essência do que sou de verdade.

7 comentários:

Anônimo disse...

Gil revelando-se uma personagem não plana...

Igor Pushinov disse...

Essência e existência... Me fez pensar se eu mesmo me conheço!

Anônimo disse...

Agora fiquei curiosa... Eu pertenço à listinha dos poucos que te conhecem um pouco além do que todos???

Acho que mesmo eu, esse livrão escancarado que sou, trago dentro segredos, mistérios, contradições... Coisas que muito poucos vêem.

Mas vc, Gilzinho, me conhece um pouquinho mais do que a maioria...

No fundo a gente sempre traz uma parte que não mostramos... Ou não?

Beijo grande. Tem que me perdoar e vir me ver. Acaba esse semestre, acaba.... Logo, logo.. ehehehe

Ps. No seu aniversário... O que faremos? Você estará em sampa? Pensei agora...

Mais um beijo.

Camila

Meio assim... disse...

Uns têm 7 faces, outros ocultam a única que possuem... vai entender.
Essa auto-defesa também é reveladora. Ô se é.
Você percebe?

Gil disse...

Ô, se percebo... Estar consciente disso dói um pouco...
Camila, meu "livro aberto": ainda não sei o que vou fazer. Que tal algo bem intimista? rsrs. Beijo.

J.F. de Souza disse...

Quando eu for capaz de tais farsas
talvez eu escreva melhor...

J.F. de Souza disse...

É difícil aceitar:
quando queremos nos aprofundar
podemos estar lendo
livros cheios de
mentiras...